Consumo de alimentos ricos em ferro associado a fatores socioeconômicos e culturais em gestantes com ou sem anemia

Resumo

O objetivo da pesquisa foi estabelecer a associação entre o consumo de alimentos ricos em ferro e fatores sociais, econômicos e culturais em gestantes com ou sem anemia em uma unidade de saúde em 2020. O método utilizado foi correlacional, comparativo, transversal ; A amostra foi composta por 135 gestantes, sendo 44 delas com anemia e 91 sem anemia; A análise e tratamento estatístico dos dados para fazer a comparação foi utilizando o coeficiente de correlação de Spearman. Chegando aos seguintes resultados: a maioria das gestantes com ou sem anemia tinha entre 20-34 anos (79,5% e 78%), ensino médio (75% e 60,4%), conviventes (72,7% e 76,9%), donas de casa doméstica (75% e 76,9%) e católica (65,9% e 81,3%). Os fatores como: socioeconômicos associados ao consumo de alimentos ricos em ferro foram de nível D: Baixo menor (93,3% e 92,3%) em ambos os grupos, culturais tinham conhecimento regular (50% e 54,9%), a atitude foi favorável (50% e 73,6%), o consumo de ferro foi baixo (68,2%) nos anêmicos, mas adequado nos não anêmicos (71,4%). As atitudes (p<0,001, Rho=0,321) estiveram significativa, direta e levemente associadas ao consumo de alimentos ricos em ferro em todas as gestantes. Essa associação (p=0,008, Rho=0,396) manteve-se apenas no grupo de gestantes anêmicas. Podemos afirmar que o consumo de alimentos ricos em ferro está significativamente associado às atitudes das gestantes de uma unidade de saúde; mostrando que, quanto melhores as atitudes, maior o consumo de ferro.