Meloet al.
Disinfection of water
efluentes nos corpos hídricos a DBO seja
reduzida no mínimo em 60%. Valores elevados
da DQO expressam a contribuição da
contaminação fecal para a deterioração da
amostra de água em estudo, assim como as taxas
de aproximadamente 66% na remoção desta
demanda indicam a eficiência do tratamento
fotoeletroquímico utilizado (Tabela 1), uma vez
que os valores da DQO são superiores e
englobam os valores da DBO.
Um dos principais parâmetros de qualidade das
águas, capaz de demonstrar interferências da
ação antrópica na dinâmica fluvial é a turbidez
(Silva et al., 2003). Esta é uma medida direta da
q u a n t i d a d e d e s ó l i d o s ( e f l u e n t e s
d o m é s t i c o s / i n d u s t r i a i s / u r b a n o s e
microrganismos) em suspensão na água (Tabela
1, Figs. 2 e 4), os quais dificultam a passagem da
luz, conferindo-lhe aparência turva. A resolução
CONAMA n° 430/2011 na Seção III estabelece
que para lançamento de efluentes oriundos de
sistemas de tratamento de esgoto e de serviços de
saúde a remoção dos sólidos em suspensão totais
seja de no mínimo 20%. Pela definição da
turbidez pode-se inferir que a redução dessa
implica na redução dos sólidos em suspensão.
Portanto, o tratamento experimental aplicado
apresentou resultados bastante eficientes com a
redução de 92,3% na turbidez, após 30 min.
O pH é um parâmetro importante para a
manutenção do equilíbrio químico e biológico
do corpo hídrico. Valores de pH na faixa de 6 a 9
são considerados compatíveis, a longo prazo,
para a maioria dos organismos. A toxicidade do
pH está relacionada à sua influência na
composição química da água. A solubilidade das
substâncias, tais como os sais metálicos, é
influenciada pelo pH, na predominância de
determinadas espécies mais ou menos tóxicas e
nos processos de adsorção/sedimentação dos
metais e outras substâncias na água. A resolução
CONAMA n° 430/2011 estabelece a faixa de pH
entre 5 e 9 para o lançamento desse tipo de
e f l u e n t e s . D u r a n t e o t r a t a m e n t o
fotoeletroquímico a variação do pH ficou entre
6,81 e 7,24 (Tabela 1) mantendo-se dentro dos
limites permitidos pela legislação.
o principal reagente, evitando o uso de outros
compostos químicos que podem ser tóxicos
(Boudenne & Cerclier, 1999).
Os resíduos dos serviços de saúde, inclusive os
oriundos de laboratórios de Análises Clínicas,
tais como o utilizado neste estudo, são na
maioria das vezes descartados diretamente em
mananciais sem tratamento, o que compromete a
qualidade do corpo hídrico (Smith et al., 2006).
O Brasil está alocado no grupo das áreas
epidemiológicas onde as enteroparasitoses
ainda afetam 39% da população.
É importante ressaltar ainda que, no Brasil,
existem marcantes desigualdades regionais
quanto à infra-estrutura de abastecimento de
água e serviços de esgotamento sanitário, sendo
que no Estado de Sergipe, localizado no
Nordeste brasileiro, a prevalência de infecções
helmínticas entre as crianças atingem índices de
51,5% (Gurgel et al., 2005).
O tratamento experimental utilizado neste
estudo (Fig. 1) mostrou indícios da
destruição/degeneração dos parasitas devido à
hidroxila formada na parede do eletrodo com
evidências de danos morfológicos nas cascas
dos estágios de resistência/dispersão e no
material germinativo (Fig. 3), sem interferências
de outros componentes, uma vez que o
perclorato de sódio é inerte (França, 2007).
A matéria orgânica é outro parâmetro importante
a ser analisado para se avaliar a qualidade da
água, que é suscetível a decomposição por ação
microbiana, assim como a presença de fenóis
(Carvalho et al., 2004). A demanda química de
oxigênio (DQO) é um parâmetro importante nos
estudos de caracterização de esgotos sanitários e
efluentes industriais para avaliar à remoção da
carga orgânica após o tratamento (Piveli & Kato,
2006).
A legislação federal que dispõe condições e
padrões para o lançamento de efluentes,
resolução CONAMA n° 430/2011, não inclui
este parâmetro em seu escopo, somente a
demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Esta
resolução estabelece que para o lançamento de
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