42
Thatcher (2006) registra duas espécies de
Branchiura para R. microleps, Argulus sp. e Dolops
bidentata parasitas da superfície corporal. Guidelli
et al (2006) estudando anostomídeos do rio Paraná
registrou uma espécie de Argulus sp. 1 parasitando
as fossas nasais para L. lacustris e duas espécies
Argulus sp. 2 parasita das fossas nasais e Dolops
nana parasita das brânquias e superfície corporal
de L. friderici.
O registro mais recente de branquiúros na
Amazônia para anostomídeos foi realizado por
Silva (2010) onde analisando S. fasciatus registrou
a ocorrência de duas espécies de branquiúros para
este hospedeiro: Argulus chicomendesi e A.
multicolor parasitando as brânquias de peixes de
lagos de várzea. Para R. microleps neste trabalho
são registrados quatro espécies D. bidentata, D.
striata, D. discoidalis e A. chicomendesi. Sendo o
novo registro de Dolops spp para este hospedeiro.
Não pode ser afirmado que existe uma certa
especificidade deste gênero por Anostomídeos pois
mais estudos são necessários para esta afirmação.
O estudo da fauna de parasitos de R. microleps
indica que os ectoparasitos são os principais
componentes da comunidade parasitária, onde
pode ser observada que o táxon mais dominante foi
o de Monogenoidea nos três anos que foram
coletados, e o segundo com maior dominância foi
Branchiura no ano de 2015. Isto pode ser
observado pelo padrão de distribuição de
Monogenoidea que apresentou valores muito
elevados no índice de dispersão.
Neotropical Helminthology, 2017, 11(1), jan-jun Silva de Souza et al.
Alves, DR & Luque, JL. 2001. Aspectos
quantitativos das infrapopulações de
metazoários de Micropogonias furnieri
(Ostheichtys: Scianidae) do litoral do
estado do rio de janeiro, Brasil.
Parasítologia al dia, vol. 25, pp. 33 – 35.
Amato, JFR, Boeger, WA & Amato, SB. 1991.
Protocolos para laboratório-coleta e
processamento de parasitas do pescado.
Imprensa Universitária, Universidade
Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro,
Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Abdallah, VD; Zepeda, KR & Luque, J.L. 2004.
Metazoários parasitos dos lambaris
Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758), A.
parahybae Eigenmann, 1908 e Oligosarcus
hepsetus (Cuvier, 1829) (Osteichthyes:
Characidae), do rio Guandu, Estado do Rio
de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de
Parasitologia Veterinária, vol. 13, pp. 57-
63.
Boeger, WA & Vianna, RT. 2006. Monogenoidea.
In: Amazon fish parasites. Thatcher, VE.
a
Amazon fish parasites. 2 Ed., Editora
Aquatic Biodiversity in Latin America,
Sofia, Moscow.
Bush, AO, Aho, JM & Kennedy, CR: 1990.
E c o l o g i c a l v e r s u s p h y l o g e n e t i c
determinants of helminth parasite
community richness. Evolutionary Ecology,
vol. 4, pp. 1-20.
Bush, AO, Lafferty, KD, Lotz, JM & Shostak, AW.
1997. Parasitology meets ecology on its
own terms: Margolis et al. Revisited.
Journal of Parasitology, vol. 83, pp. 575-
583.
Dogiel, VA. 1958. Ecology of the parasites of
freshwater fishes. In: Dogiel, V.A.
Parasitology of fishes. Translated by Z.
st
Kabata. 1 ed.
Dumbo, JC. 2014. Espécies de metazoários
parasitos do Acestrorhincus falcirostris
( C u v i e r, 1 8 1 9 ) ( C h a r a c i f o r m e s :
Acestrorhinchidae) de lagos de várzea da
Amazônia central. Dissertação de mestrado.
INPA Manaus.
Eiras, J.C. 1994. Elementos de ictioparasitologia.
Fundação Engenheiro Antônio de Almeida,
Porto.
Guidelli, G, Takemoto, RM & Pavanelli, GC. 2006.
Fauna parasittaria de Leporinus lacustris e
Leporinus friderici (Characiformes,
Anostomidae) da planície de inundação do
alto rio Paraná, Brasil. Acta scientiarum
Ciências biológicas, vol. 28, pp. 281–290.
Johnsen, BO & Jensen, AJ. 1991. The gyrodactylus
history in Norway. Aquaculture, vol. 98, pp.
289–302.
Lemos, JRG, Tavares-Dias, M, Sales, RSA, Filho,
GRN & Fim, JDI. 2007. Parasitos nas
brânquias de Brycon amazonicus
(Characidae, Bryconinae) cultivados em
canais de igarapé do tarumã – mirim,
estado do Amazonas. Acta Scientiarum