ISSN Versión impresa 2218-6425 ISSN Versión Electrónica 1995-1043
Neotropical Helminthology, 2018, 12(2), jul-dic:179-186.
ORIGINAL ARTICLE / ARTÍCULO ORIGINAL
EXCORALLANA MALTAI SP. N. (ISOPODA: CORALLANIDAE) FISH PARASITES OF XINGU RIVER,
PARÁ, BRASIL
EXCORALLANA MALTAI SP. N. (ISOPODA: CORALLANIDAE) PARASITA DE PEIXES DO RIO
XINGU, PARÁ, BRASIL
EXCORALLANA MALTAI SP. N. (ISOPODA: CORALLANIDAE) PARÁSITO DE PECES DEL RÍO
XINGU, PARÁ, BRASIL
1National Research Institute of the Amazon, Av. André Araújo, 2936 – Petrópolis, Manaus – AM, 69067-375, Brazil
1 1
Amanda Karen Silva de Souza & Juan Eduardo Venegas Hernández
*Corresponding author: E-mail: atjsouza15@gmail.com
ABSTRACT
Keywords: Brazil – Excorallana maltai sp. n – Corallanidae – Isopoda – Xingu River
The new species, Excorallana maltai sp. n., differs from other species of isopods in the ornamentation of
antennae 1 and 2, number of antenna articles, ornamentation of pereopods 1 and 7, ornamentation and
shape of buccal parts, tubers in pleonites, telson and pereonite. It is the second species of the family
Corallanidae recorded parasitizing freshwater fish in the Amazon Region.
Neotropical Helminthology
179
Volume12,Number2(jul-dec2018)
ÓrganooficialdelaAsociaciónPeruanadeHelmintologíaeInvertebradosAfines(APHIA)
Lima-Perú
VersiónImpresa:ISSN2218-6425VersiónElectrónica:ISSN1995-1043
RESUMO
Palavras-chave: Brasil – Corallanidae – Excorallana maltai sp. n – Isopoda – Rio Xingu
A nova espécie, Excorallana maltai sp. n. difere das demais espécies do isopods na ornamentação das
antenas 1 e 2, número de artículos das antenas, ornamentação dos pereópodos 1 e 7, ornamentação e forma
das peças bucais, tubérculos nos pleonitos, telson e pereonito. É a segunda espécie da família Corallanidae
registrada parasitando peixes de água doce na Região Amazônica.
RESUMEN
Palabras clave: Brasil – Corallanidae – Excorallana maltai sp. n – Isopoda – Río Xingu
La nueva especie Excorallana maltai sp. n. dif i ere de las demás especies del género por la ornamentación
de las antenas 1 y 2 , el n ú mero de los artículos de las antenas, la ornamentación de los pereópodos 1 y 7, la
ornamentación y forma de las piezas bucales, además de los tubérculos en los pleonitos, telson y
pereonito. Excorallana maltai sp. n. es la segunda especie de la familia Corallanidae conocida por
parasitar peces del agua dulce en la región Amazónica.
A família Corallanidae compreende isópodos
parasitas facultativos registrados parasitando
peixes (Levy et al., 1989) e tartarugas (Júnior et al.,
2015), e encontrados em substratos de águas
demersais e estuarinas (Barriga & Briones, 1992).
São conhecidas atualmente vinte e cinco espécies
válidas, apenas uma, Excorallana berbicensis
(Boone, 1918) foi registrada parasitando peixes de
água doce na região Amazônica, Ageneiosus
ucayalensis (Castelnau, 1855), Acestrorhynchus
falcirostris (Cuvier, 1819), Serrassalmus gibbus
(Castelnau, 1855), Geophagus proximus
(Castelnau, 1855), Hemiodus unimaculatus
(Bloch, 1794), e Psectrogaster falcata
(Eigenmann, 1889), no Estado do Amapá
(Vasconcelos & Tavares–Dias, 2016).
São espécies essencialmente tropicais que se
distribuem em geral na costa do Caribe, quatro são
registradas para a costa brasileira, E. quadricornis
(Hansen, 1890), E. costata Lemos de Castro, 1960,
E. richardsoni Lemos de Castro, 1960 e E. angusta
Lemos de Castro, 1960. Somente uma espécie
encontra-se fora do litoral ocidental da América: E.
truncata (Richardson, 1899), descrita para a região
costeira da Califórnia (Lemos de Castro, 1960;
Boyko et al., 2008b).
Este trabalho descreve uma nova espécie do gênero
Excorallana, Excorallana maltai sp. n.,
parasitando peixes do Rio Xingu, Pará, Brasil.
Os peixes foram coletados no rio Xingu, estado do
Pará, Brasil, sob coordenadas 03°07'45.55"S,
51°37'03.11" W. O Xingu é um rio interior
Amazônico, que nasce a oeste da Serra do
Roncador e ao norte da Serra Azul, no leste do
estado do mato Grosso. Corre na direção sul-norte,
paralelo aos rios Tapajós e Tocantins, desagua ao
sul da ilha de Gurupá, Pará, na margem direita do
rio Amazonas, do qual é um dos maiores afluentes.
Os isópodas foram coletados de seus hospedeiros e
conservados em álcool etílico a 70% e
posteriormente depositados na Coleção do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia -
INPA. A identificação foi feita a partir da dissecção
de um espécime macho e uma fêmea, e comparado
com a descrição dos espécimes conhecidos para a
família Corallanidae. Após identificados, foi feita a
descrição taxonômica dos Isopoda e devolução do
material à coleção do Inpa. Para processamento
dos espécimes foram dissecadas suas peças bucais,
pereópodos 1 e 7, e suas antenas 1 e 2. As peças
bucais, antenas e pereópodos passaram por um
processo de clarificação na proporção 1:1 (1 parte
de álcool etílico 96° + 1 parte de ácido lático)
(Souza et al., 2018) e após clarificados foram
corados com Eosina-Orange G e montados
individualmente em lâminas permanentes com
bálsamo do Canadá (Amato et al., 1991). As
medidas dos espécimes foram obtidas a partir de
ocular micrométrica acoplada ao microscópio
óptico. Os desenhos foram feitos com uso de
microscópio óptico Olympus BH-2 e
estereomicroscópio com câmara clara acopladas.
Foram coletados 10 peixes da espécie Hydrolycus
tatauaia Toledo-Piza, Menezes & Santos, 1999.
Destes foram coletados 19 espécimes de Isopoda
da família Corallanidae, Excorallana maltai sp.n.,
os isópodos parasitavam a superfície do corpo e
cavidade opercular. Todos os peixes coletados
encontravam-se parasitados, Prevalência (P) de
100%, e Intensidade Média de Parasitismo (I.M.P.)
1.9.
Taxonomia
Medidas em milímetros (mm) baseadas em cinco
espécimes machos, comprimento/largura, mínimo
máximo (média ± desvio padrão).
Corpo (Fig. 1a) alongado, mais comprido que
largo comprimento do corpo (mm) 6.24 7.58
(7.16 ± 0.5322), largura (mm) 0.18 – 0.29 (0.23 ±
0.0466), placas coxais observadas a partir do
segundo pereonito.
Cabeça (Fig. 1a) comprimento da cabeça (mm)
0.1 – 0.18 (0.13 ± 0.03), largura (mm) 0.16 – 0.20
(0.18 ± 0.0158), cabeça triangular, duas
concavidades e uma proeminência posteriores;
dois grandes olhos compostos de largos ocelos
ocupando os lados da cabeça, distância entre um
180
Neotropical Helminthology, 2018, 12(2), jul-dic
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Silva de Souza & Venegas Hernández
RESULTADOS
olho e o outro equivalente ao comprimento de dois
olhos; antena 1 e 2 visíveis à frente da cabeça.
Antena 1 (Fig. 1e) com 11 artículos, primeiro
segmento, basal, duas vezes maior e mais largo que
o segundo com duas setas na porção médio-dorsal e
um tufo de setas póstero-distal, uma pequena
elevação na porção médio-ventral.
Antena 2 (Fig. 1a e 1d) com três peças basais duas
sub-iguais e um flagelo constitdo de 20
segmentos, segmentos ornados com setas
observadas a partir do segundo artículo basal, tufos
de setas são observados a partir do artículo5.
Antena 2 longa, alcançando pereonito 4.
Maxilípede (Fig. 1c) 6 artículos, primeiro
artículo, o basal, com duas setas; segundo artículo
de forma retangular, comprimento duas vezes
maior que o primeiro, sem ornamentações; terceiro
artículo, um terço do comprimento do segundo
com duas setas na porção distal; quarto artículo de
forma triangular, duas setas na porção distal; quinto
artículo retangular de comprimento semelhante ao
segmento dois, com 10 setas simples e
modificadas.
Maxila 1 (Figura 1b)dois segmentos, segmento
um forma retangular com uma leve concavidade
estreitando para a porção posterior; segmento dois
um forte espinho terminal. Três setas observadas,
uma póstero-distal e duas látero-distal no segmento
um.
Mandíbula dividida em duas seções, primeira
seção constituída de três artículos e sem
ornamentações; segunda seção retangular,
aumentando de largura a partir da porção mediana,
com um agrupamento de setas de tamanho pequeno
na porção dorso-distal; terceiro segmento da
primeira seção oval com setas de tamanho
crescente na porção distal, terminando em três
longas setas. Segunda seção em forma de garra.
Péreon (tórax) (Fig. 1a) - oito segmentos,
superfície lisa, um par de tubérculos visíveis na
porção látero-posterior do pereonito sete, desenhos
formados por pontos de pigmentos distribuídos na
superfície de cada pereonito.
Pléon (abdômen) (Fig. 1a) quatro segmentos de
bordas regulares, apresenta uma leve concavidade
no meio, cada pleonito com um tubérculo central,
pequenos tubérculos proeminentes localizados nas
bordas posteriores, desenhos formados por pontos
de pigmentos mais densamente pigmentados no
centro.
Telson Triangular com borda ornada com (Fig. 1a) -
setas plumosas e espinhos, pequenos, tubérculos
observados na porção anterior, desenhos formados
por pontos de pigmentos castanhos e pequenas
setas homogeneamente distribuídas na superfície
dorsal.
Pereópodo 1 (Fig. 2f) sete segmentos (coxa, base,
ísquium, merus, carpus, propodus e dáctil),
primeiro segmento, coxa, curto; segundo
segmento, base, retangular, longo, com duas setas
anteriores e duas na porção póstero-distal; terceiro
segmento, ísquium, subtriangular, metade do
comprimento do artículo anterior, porção anterior
estreita, duas setas na porção anterior distal e três
setas na porção distal posterior; quarto segmento,
merus, mais largo que comprido, com cinco pares
de espinhos enfileirados na porção dorsal, um
espinho na porção látero-posterior e três espinhos
na porção distal anterior; quinto segmento, carpus,
retangular, afinando para a extremidade posterior,
quatro setas modificadas posteriores, um espinho
próximo às setas distais posteriores, um par de
setas modificadas na poão dorsal distal;
segmento seis, propodus, retangular, três vezes
menor que o anterior e com cinco setas modificadas
na porção distal; segmento sete, dáctil, em forma de
garra. Pereópodos 1 3 preênseis, Pereópodos 4 7
com adaptação à andar no substrato.
Pereópodo 7 (Fig. 2g) sete segmentos (coxa,
base, ísquium, merus, carpus, propodus e dáctil),
primeiro segmento, coxa, curto; segundo
segmento, base, retangular, longo, com duas setas
na porção dorsal em fila simples e porção distal
posterior com duas setas; terceiro segmento,
ísquium, metade do comprimento do artículo
anterior, porção anterior estreita e posterior larga,
duas setas modificadas na porção dorsal distal e
três espinhos pectinados na porção posterior;
quarto segmento, merus, mais comprido que largo,
com um par de setas na porção distal; quinto
segmento, carpus, retangular, afinando para a
extremidade anterior, sete setas modificadas
posteriores, quatro espinhos posteriores; segmento
seis, propodus, retangular, três vezes menor que o
anterior e com quatro setas modificadas na porção
distal um espinho na porção posterior e um espinho
lateral; segmento sete, dáctil, em forma de garra
com uma seta basal e dois pares de setas na base da
unha.
Pleópodos (Fig. 2a a 2d) em cinco pares formados
por uma lâmina porosa e uma lisa com espinhos
posteriores.
Urópodos (Fig. 2h) base, endopodito e exopodito,
desenhos formados por pontos de pigmentos na
181
Neotropical Helminthology, 2018, 12(2), jul-dic Excorallana maltai sp. n.
182
Figura 1. (a - e). a - Excorallana maltai sp. n. macho (escala = 1,0mm); b – maxila 1; c – maxilípede;
d – segunda antena; e – primeira antena (escala b - e = 0,1mm).
Neotropical Helminthology, 2018, 12(2), jul-dic Silva de Souza & Venegas Hernández
a
b
c
e
d
183
a b
c d
e
f
g
h
Figura 2. (a - e). Excorallana maltai sp. n. macho. a – e – pleópodos 1 a 5; f – perna 1; g – perna 7; h –
urópodo (escala = 1,0mm).
Neotropical Helminthology, 2018, 12(2), jul-dic Excorallana maltai sp. n.
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base e endopodito; base triangular com placas
pectinadas e setas plumosas na porção látero-
anterior; endopodito de forma trapezoidal com
bordas arredondadas, escamas observadas em sua
superfície, placas pectinadas em suas bordas com
setas plumosas e espinhos; exopodito metade da
largura do endopodito, de forma oval afinando para
a extremidade posterior, setas plumosas
distribuídas por toda a borda do exopodito. Não
foram observados tubérculos.
Tubérculos menos proeminentes e em menor
densidade na fêmea. Dimorfismo sexual
moderado.
Cor Material fixado em álcool etílico a 70%,
apresentando cor levemente amarelado com
desenhos formados por pontos de pigmentos
marrons.
Etimologia – O nome dado à espécie Excorallana
maltai sp. n. é uma homenagem a José Celso de
Oliveira Malta, Professor, Pesquisador do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia, um exemplo
de ética e profissionalismo, por todos os anos de
dedicação e incentivo aos estudos com crustáceos
parasitas de peixes, um grande amigo (Malta =
maltai).
Filo Arthropoda
Subfilo Crustacea Pennant, 1777
Subclasse Eumalacostraca Grobben, 1892
Super Ordem Peracarida Calman, 1904
Sub-ordem Flabelifera, Sars, 1882
Família Corallanidae Hansen, 1980
Excorallana maltai sp.n.
Espécie Tipo Macho (Inpa 2284), Rio Xingu (03
° 07'45.55 "S 51 ° 37'03.11" W), Coletado de
Hydrolycus tatauaia Toledo-Piza, Menezes &
Santos, (1999) (Cynodontidae) e fêmeas (Inpa
2283 e 2284). Foram coletados de 10 hospedeiros,
11 fêmeas e 9 machos. Prevalência: 100%,
Intensidade: 1.9.
Excorallana maltai sp. n. difere das demais
espécies do gênero em número de artículos e
ornamentação das antenas, pereópodos, forma e
ornamentação dos urópodos, cabeça e telson. E.
berbicensis Boone, 1918 apresenta dois artículos
basais e um flagelo de 11 artículos, em E.
meridionalis Carvacho & Yanez, 1971 é observado
1 segmento longo basal e um flagelo de 7 artículos;
E. subtilis apresenta 1 segmento basal e 9 artículos
no flagelo. Em E. maltai sp. n. a antena 1 é
constituída de um segmento basal longo mais um
flagelo de 10 artículos.
Em E. maltai sp. n. a antena 2 é constituída de 20
artículos curtos e sub-iguais no flagelo, diferem de
E. berbicensis e E. meridionalis. Antena 1
assemelha-se a de E. berbicensis em número de
artículos (11), porém, difere na ornamentação,
número e localização das setas. Em E. delaneyi
Stone & Heard, 1989 flagelo da antena 2 alcança
porção anterior do pereonito 3, 5 artículos basais e
17 a 26 artículos no flagelo; E. subtilis Hansen,
1890 apresenta 5 artículos basais e 18 artículos no
flagelo da antena; em E. meridionalis apresenta 4
segmentos basais e um flagelo de 22 artículos. A
antena 2 de E. maltai sp. n. se estende até metade do
pereonito 4; ornamentação das pernas e peças
bucais, tubérculos nos pleonitos, telson e pereonito
diferem de E. angusta Lemos de Castro, 1960, E.
berbicensis Boone, 1918, E. bicornis Lemos de
Castro & Lima, 1974, E. costata Lemos de Castro,
1960, E. delaneiy Stone & Heard, 1989, E.
longicornis Lemos de Castro, 1960, E.
meridionalis Carvacho & Yanez, 1971, E.
mexicana Richardson, 1905, E. richardisoni
Lemos de Castro, 1960, E. stebbingi Lemos de
Castro & Lima, 1976, E. subtilis (Hansen, 1890),
St. Thomas; E. tricornis (Hansen, 1890), E.
warmingii (Hansen, 1890).
Pereonitos sub-iguais assemelham-se à E.
berbicensis com os últimos 4 mais agudos, e os
dois primeiros arredondados, em E. maltai sp. n. os
três primeiros pereonitos são arredondados e os 4
últimos são agudos.
Pereópodos 1 e 7 de E. maltai sp. n. semelhante na
morfologia, porém, difere de E. subtilis, E.
meridionalis, E. berbicensis, E. delaneyi, E. acutai
e E, tricornis na ornamentação. E. maltai sp. n.
apresenta setas compostas nos segmentos distais
dos pereópodos 1 e 7, setas com ramificações de
tufos semelhantes a penas.
Segundo pleópodo de E. maltai sp. n. assemelha-se
em forma de E. meridionalis e difere na
ornamentação.
Em E. tricornis, E. sexticornis Richardson, 1901 e
COMENTÁRIOS
Neotropical Helminthology, 2018, 12(2), jul-dic Silva de Souza & Venegas Hernández
185
E. meridionalis é observado dimorfismo sexual
acentuado entre macho e fêmea, em E. maltai sp. n.
essa característica é moderada, apresentando
apenas maior densidade de tubérculos no macho.
Esse dimorfismo moderado também é observado
em E. warmingii Hansen, 1890, E. subtilis e E.
oculada Hansen, 1890.
São conhecidas vinte e cinco espécies do gênero
Excorallana, Excorallana acuticauda (Miers,
1881) registrada para o Atlântico Sul, Brasil; E.
angusta Lemos de Castro. 1960, marinho, região
costeira do Brasil; E. berbicensis Boone, 1918
coletado nas Guianas; E. bicornis Lemos de Castro
& Lima, 1974, região costeira do Brasil; E. bruscai
Delaney, 1984, Golfo da Califórnia, México; E.
conabioae Hendrickx & Espinosa-Perez, 1998,
México; E. costata Lemos de Castro, 1960,
marinho, Brasil; E. delaneiy Stone & Heard, 1989,
Golfo do México; E. fissicauda (Hansen, 1890),
Caribe; E. houstoni Delaney, 1984, Golfo da
Califórnia, México; E. longicornis Lemos de
Castro, 1960, marinho, Brasil; E. meridionalis
Carvacho & Yanez, 1971, marinho, Chile; E.
mexicana Richardson, 1905, Golfo do México; E.
oculata (Hansen, 1890Caribe); E. quadricornis
(Hansen, 1890), Bermudas, St. Thomas; E.
richardisoni Lemos de Castro, 1960, marinho,
Brasil; E. sexticornis (Richardison, 1901), Flórida;
E. stebbingi Lemos de Castro & Lima, 1976 ,
marinho, Rio de Janeiro, Brasil; E. subtilis
(Hansen, 1890),St. Thomas; E. tricornis (Hansen,
1890), Golfo do México e Antilhas; E. truncata
(Richardson, 1899, Catalina e Califórnia; E.
antillensis (Hansen, 1890) na Flórida; E.
warmingii (Hansen, 1890 Yucatan); E. yaeyamana
Nunomura, 1994, marinho, ilhas Nansei; E.
yamamuroae, Nunomura 1988, Japão. Todas as
espécies acima citadas são registradas para
ambientes marinhos (Stone & Heard, 1989; Boyko
et al., 2008ab).
Para o Brasil eram registradas cinco espécies do
gênero Excorallana, E. stebbingi, E. richardisoni,
E. longicornis, E. costata, E. bicornis e E.
berbicensis, todas em regiões costeiras.
Excorallana maltai sp. n. foi encontrada
parasitando H. tatauaia coletados no rio Xingu, no
estado do Pará.
Excorallana berbicensis também foi registrada
parasitando peixes de água doce na região
Amazônica, A. ucayalensis, A. falcirostris, S.
gibbus, G. proximus, H. unimaculatus, e P. falcata,
no Estado do Amapá (Vasconcelos &
Tavares–Dias, 2016). A ocorrência de espécies
desse gênero nos ambientes de água doce e
marinho demonstram boa adaptação destes aos
dois distintos ambientes. Excorallana maltai sp. n.
é a segunda espécie do gênero registrada
parasitando peixe de água doce na Amazônia.
Os autores agradecem aos pesquisadores M. H.
Sabaj, M. Arce, L. Souza e os pescadores Dani &
Edson pela coleta dos espécimes descritos neste
estudo. Agradecimento especial ao pesquisador do
Inpa Célio Ubirajara Magalhães, curador da
Coleção de Invertebrados Não-Insecta do Inpa por
ceder os espécimes para descrição e por
compartilhar seu laboratório para confecção das
ilustrações.
DISCUSSÃO
AGRADECIMENTOS
Amato, JFR, Boeger, WA & Amato, SB. 1991.
Protocolos para Laboratório Coleta e
Processamento de Parasitos de Pescado.
Imprensa Universitária, Universidade
Federal do Rural do Rio de Janeiro, Rio de
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