ISSN Versión impresa 2218-6425 ISSN Versión Electrónica 1995-1043
Neotropical Helminthology, 2018, 12(1), ene-jun:27-32.
ORIGINAL ARTICLE / ARTÍCULO ORIGINAL
OCCURRENCE OF FREE METACERCARIAE OF DIPLOSTOMUM SP. IN PTERYGOPLICHTHYS
PARDALIS (CASTELNAU, 1855) IN FLOODPLAIN LAKES OF SOLIMÕES RIVER, AMAZONAS,
BRAZIL
OCORRÊNCIA DE METACERCÁRIAS LIVRES DE DIPLOSTOMUM SP. EM PTERYGOPLICHTHYS
PARDALIS EM LAGOS DE VÁRZEA DO RIO SOLIMÕES, AMAZONAS, BRASIL
OCURRENCIA DE METACERCARIAE LIBRES DE DIPLOSTOMUM SP. EN PTERYGOPLICHTHYS
PARDALIS EN TIERRAS BAJAS DEL RÍO SOLIMÕES, AMAZONAS, BRASIL
1Laboratório de Parasitologia de Peixes – LPP, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA. Manaus, Amazonas,
Brasil.
* 1
Corresponding author : danielbporto81@gmail.com
1* 1 1
Daniel Brito Porto ; Amanda Karen Silva de Souza & José Celso de Oliveira Malta
ABSTRACT
Keywords: Amazon – Digenea – Fish parasite – Freshwater – Loricariidae
The objective of this work was to describe the parasite-host relationship of metacercariae of Diplostomum
sp. in Pterygoplichthys pardalis (Castelnau, 1855). In the year 2012, four excursions were carried out, in
five floodplain lakes, four in the Solimões River: Baixio, Preto, Ananá, Araçá and one in the Purus River,
São Tomé lake, located between the cities of Manaus and Coari in the state of Amazonas. Two hundred and
forty five P. pardalis were captured and studied for mean standard length of 24.5 cm ± 8.8 and the mean
weight of 213.9 g ± 102.6. A total of 766 free Diplostomum sp. metacercariae were collected from and 10
individuals were measured: length 616.5 ± 86.9 (509.4-792) (μm); width 278.4 ± 49 (221.4 - 360) (μm).;
length of oral sucker 35.7 ± 5.4 (24.5 - 44.1 (μm).); pharyngeal length 33.9 ± 6.6 (25.9 - 44.1) (μm),
tribocytic organ 77.7 ± 21.7 (52.2 - 133.2) (μm), in length and 79.7 ± 28 (54 - 156.6) (μm). in width. The
metacercariae of Diplostomum sp. occurred internally and externally parasitizing the stomach and the
intestine externally, the liver the gonads and the surface of the body cavity. They were more abundant in
the dry season.
Neotropical Helminthology
27
Digenéticos são parasitos que possuem o ciclo de
vida complexo ocorrendo nos mais diversos tipos
de hospedeiros (Thatcher, 1993; Locke et al.,
2015). Metacercárias de diferentes espécies de
diplostomídeos têm sido registradas em peixes de
água doce, causando catarata verminosa, também
chamada diplostomíase, sendo Austrodiplostomum
compactum (Lutz, 1928) a mais frequente
(Pavanelli, 2013). Existem muitas informações
para a espécie A. compactum antes citada como
Diplostomum (Austrodiplostomum) compactum,
porém para Diplostomum spp. poucas informações
são encontradas (Kohn et al., 1995; Martins et al.,
1999; Santos et al., 2002; Abdallah et al., 2005;
Machado et al., 2005).
Pterygoplichthys pardalis (Castelnau, 1855)
pertence à ordem Siluriformes, a família
Loricariidae e a subfamília Hypostominae,
ocorrem em áreas de várzea, lagos e margem de
rios de águas brancas. Nos locais onde a
concentração de oxigênio é alta sua respiração é
totalmente aquática. Mas sua estratégia para
explorar os ambientes pobres em oxigênio é a
utilização da respiração aérea acessória (Santos et
al., 2006). O objetivo deste trabalho foi descrever
INTRODUÇÃO
28
RESUMO
Palavras chave: Água doce – Amazônia – Digenea – Loricariidae – Parasitas de peixes
O objetivo deste trabalho foi descrever a relação parasito-hospedeiro das metacercárias de Diplostomum
sp. em . No ano de 2012 foram realizadas quatro excursões a Pterygoplichthys pardalis (Castelnau, 1855)
cinco lagos de várzea, quatro do rio Solimões: Baixio, Preto, Ananá, Araçá e um do rio Purus o lago São
Tomé, localizados entre as cidades de Manaus e Coari no estado do Amazonas. Foram capturados e
analisados 245 que tinham o comprimento padrão médio de 24,5 cm ± 8,8 e o peso médio de P. pardalis
213,9 g ± 102,6. Foram coletados 766 metacercárias livres de sp. e 10 indivíduos foram Diplostomum
medidos em micrômetros (µm): comprimento 616,5 ± 86,9 (509,4 792); largura 278,4 ± 49 (221,4
360); comprimento da ventosa oral 35,7 ± 5,4 (24,5 – 44,1); comprimento da faringe 33,9 ± 6,6 (25,9 –
44,1). Órgão tribocítico 77,7 ± 21,7 (52,2 133,2) de comprimento e 79,7 ± 28 (54 156,6) de largura. As
metacercárias de sp. ocorreram parasitando internamente e externamente o estômago e Diplostomum
externamente o intestino, o fígado as gônadas e a superfície da cavidade geral do corpo e foram mais
abundantes no período da seca.
Neotropical Helminthology, 2018, 12(1), ene-jun
relações parasito hospedeiro entre Diplostomum
sp. em P. pardalis em lagos de várzea.
No ano de 2012 foram realizadas quatro excursões,
a cinco lagos de várzea, quatro do rio Solimões:
Baixio (S03°17'27,2”/ W604'29,6”); Preto
(S03°21'17,1/ W60°37'28,6); Ananá
(S03° 53'54,8 / W61°4 0'18, 4); Ar açá
(S03°45'04,3”/ W62°21'25,9”) e um do rio Purus, o
lago São Tomé (S03˚50'32,4"/ W61˚25'45,4"),
localizados entre as cidades de Manaus e Coari no
estado do Amazonas. Os peixes foram
eutanasiados de acordo com as diretrizes do
CONCEA. Os Digenea foram fixados conforme a
metodologia do grupo (Amato et al., 1991). Para os
estudos morfogicos os digeticos foram
desidratados pela série alcoólica, corados com
Carmim Alcoólico Clodrico de Langeron,
diafanizados em óleo de imersão e montados em
lâmina e lamínula em bálsamo do Canadá (Amato
et al., 1991; Eiras et al., 2006). As medidas foram
fornecidas em micrômetros. A descrição
quantitativa das infrapopulações de parasitas foi
conforme os conceitos de Bush et al. (1997).
MATERIAL E MÉTODOS
Porto et al.
Espécimes testemunhos foram depositados na
coleção de invertebrados não-insecta do INPA sob
o número INPA 726.
Foram analisados 245 indivíduos de P. pardalis
capturados em cinco lagos de várzea da Amazônia
(tabela 1 2). A média do comprimento padrão dos
peixes foi 24,5cm ± 8,8 e o peso médio foi 213,9g ±
102,6. Foram coletadas 766 metacercárias livres de
Diplostomum sp. e 10 foram medidas:
comprimento 616,5 ± 86,9 (509,4 792); largura
RESULTADOS
29
278,4 ± 49 (221,4 – 360); comprimento da ventosa
oral 35,7 ± 5,4 (24,5 44,1); comprimento da
faringe 33,9 ± 6,6 (25,9 – 44,1). Órgão tribocítico
77,7 ± 21,7 (52,2 133,2) de comprimento e 79,7 ±
28 (54 156,6) de largura. Por estar na fase de
metacercária, não foi possível identificar até
espécie. As formas jovens de Diplostomum sp.
apresentaram ventosa oral, primórdios de
pseudoventosas, acetábulo elíptico, órgão
tribocítico circular e primórdios de massa
testicular. As metacercárias de Diplostomum sp.
ocorreram parasitando internamente e
externamente o estômago e externamente o
intestino, o fígado as gônadas e a superfície da
cavidade geral do corpo. As metacercárias de
Diplostomum sp. não foram encontradas
parasitando os olhos.
Lagos PE/PP NTP P IM (A)
Baixio
21/7 27 33,3 3,8 ± (1 - 18)
Preto
50/9 44 18,0 4,8 ± (1 - 13)
São Tomé
72/19 91 26,3 4,7 ± (1 - 22)
Ananá
62/19 272 30,6 14,3 ± (1 - 81)
Araçá 40/18 183 45,0 10,1 ± (1 - 36)
Tabela 2. Índices parasitológicos de Diplostomum sp. parasitos de Pterygoplichthys pardalis (Castelnau, 1855)
capturados em cinco lagos de várzea do rio Solimões.
Baixio Preto São Tomé Ananá Araçá
Prevalência (%) 40 17,6 30,9 30,6 38,6
Intensidade
média
4,1 ± 5,8
4,8 ± 4,6
5,4 ± 5,4
15,2 ± 21,8
10,7 ± 11,2
Abundância
média
1,6 ± 4,1
0,8 ± 2,6
1,6 ± 3,9
4,6 ± 13,8
4,1 ± 8,6
Tabela 1. Índices parasitários gerais de cada lago. PE - peixes examinado, PP - peixes parasitados, NTP - número
total de parasitos, P - prevalência, IM - intensidade média.
Metacercariae of Diplostomum in Pterygoplichthys
Neotropical Helminthology, 2018, 12(1), ene-jun
30
Tabela 3. Índices parasitológicos de Diplostomum sp. parasitos de Pterygoplichthys pardalis (Castelnau, 1855), os
órgãos parasitados e os lago onde os peixes foram capturados.
Baixio Preto São Tomé Ananá Araçá
Órgãos P/ IM/ AM P/ IM/ AM P/ IM/ AM P/ IM/ AM P/ IM/ AM
Parte interna do
estômago
5/ 6/
0,3± 0,3
11,7 / 6 ±5,1/
0,7±2,5
7 / 6±5/
0,4±1,9
14,5 /9,8±15,1
/1,4±6
6,8 / 2± /0,1±0,5
Superfície externa dos
órgãos
20/ 5,5 ±7,7/
1,1±3,8
3,9 / 1/
0,03±0,1
23,9 / 4,4±5,3/
1±3,1
24,1 /12,5±22/
3±12
36,3 / 11±/
4±8,5
São citadas para o Brasil duas espécies do gênero
Diplostomum Nordmann, 1832, D. alarioides
Dubois, 1937 e D. meduse Dubois, 1936 parasitas
do intestino de Pteronura brasiliensis e Caiman
c ro c o d i l u s ( Travassos e t a l . , 1 96 9) .
Posteriormente, em uma listagem de hospedeiros
vertebrados de helmintos do Brasil, apenas D.
alarioides foi citado parasitando P. brasiliensis
(Muniz-Pereira et al., 2009). Em um outro trabalho
com os digenéticos da América do Sul, parasitas de
aves e mamíferos, somente D. alarioides foi citado
(Fernandes et al., 2015). Neste trabalho as
metacercárias de Diplostomum sp. parasitas de P.
pardalis, o puderam ser identificadas até
espécie, por serem muito jovens e seus órgão
internos não estavam suficientemente
diferenciados.
Loricariichthys anus (Valenciennes, 1840), um
peixe da família Loricariidae, capturado em lagoas
do Rio Grande do Sul estavam parasitados com
metacercárias livres de Diplostomidae nos rins,
cavidade do corpo, peritônio ao redor das vísceras e
no cérebro. A espécie não foi identificada por estar
em um estágio de desenvolvimento muito inicial,
com apenas rudimentos de órgãos internos (Amato
et al., 2001).
Pimelodus maculatus Lacepede, 1803 dos rios São
Francisco e Paraná, o parênquima renal cefálico, a
DISCUSSÃO musculatura associada a bexiga gasosa e placas
faringianas estavam parasitados por metacercárias
de Diplostomidae. A espécie foi identificada como
Diplostomum sp. As maiores prevalências foram
dos peixes do rio São Francisco (Brasil-Sato e
Pavanelli, 2004).
Neste trabalho foram encontradas metacercárias de
Diplostomum sp. não encistadas, no estômago,
gônadas e na superfície dos órgãos internos de P.
pardalis. Não foi possível a identificação da
espécie por estarem em um estágio de
desenvolvimento muito inicial, apenas com
rudimentos de órgãos internos. Os dados
encontrados foram semelhantes aos de Amato et al.
(2001) e Brasil-Sato & Pavanelli (2004). Neste
trabalho Diplostomum sp. foi a espécie mais
abundante e o P. pardalis sendo um peixe de fundo
e sedentário, as cercárias de Diplostomum sp.
encontraram nele os requisitos ideais para ser um
de seus melhores hospedeiro intermediário.
Estudando a ocorrência de metacercárias de
Diplostomidae em Geophagus brasiliensis (Quoy
& Gamard, 1824) foi encontrada uma espécie do
gênero Diplostomum sp. parasitando os olhos e a
superfície externa da bexiga natatória, apresentava
uma prevalência de 4% e intensidade média de
2,3±1,7, morfologicamente apresentavam ventosa
ventral, ausência de pseudoventosas anteriores
laterais, primórdio genital representado por uma
única massa celular e alargamento dos canais
excretores na região posterior à faringe (Carvalho
Neotropical Helminthology, 2018, 12(1), ene-jun Porto et al.
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1995. Metacercariae of Diplostomum
31
et al., 2012). Neste trabalho foi encontrado uma
espécie do gênero Diplostomum sp., porém foi
possível observar pseudoventosas laterais na parte
anterior, acetábulo e órgão tribocítico, primórdios
dos testículos, um circular e o outro em forma de
“U” e sem segmento cônico posterior, o que indica
estar em uma fase bem jovem de desenvolvimento.
Diplostomum sp. apresentou uma prevalência e
intensidade média maior (tabela 1) e ocorreu
parasitando internamente e externamente o
estômago e externamente o intestino, o fígado as
gônadas e a superfície da cavidade geral do corpo.
Muitos trabalhos citam Diplostomum sp. como
Austrodiplostomum compactum porem existem
diferenças morfológicas para se separar as duas
espécies (Niewiadomska, 2002, Carvalho et al.,
2012). Neste trabalho parasitando somente a parte
interna de P. pardalis, as metacercárias
apresentaram características que a identificaram
como Diplostomum sp. E, por estar em uma fase
bem jovem sua identificação até espécie foi
impossível. Estes dados corroboram com Chappel
1995 apud Carvalho et al. (2012) onde afirmou que
a identificação específica, a partir de
metacercárias, é muito complicada havendo a
necessidade de se trabalhar com infecções
experimentais ou biologia molecular.
Metacercárias da família Diplostomidae são
geralmente encontradas parasitando os olhos,
cavidade cranial, brânquias, músculo, bexiga
natatória e rins de seus hospedeiros intermediários
(Martins et al., 1999; Santos et al., 2002; Santos et
al., 2012; Carvalho et al., 2012, Ramos et al.,
2013). Neste trabalho as metacerrias de
Diplostomum sp. foram encontradas somente na
cavidade interna de P. pardalis seus olhos foram
analisados, porém nenhuma espécime de
Diplostomum sp. ocorreu neste local.
Os autores agradecem ao projeto Piatam V por todo
apoio logístico para a realização do trabalho de
campo. O primeiro autor agradece a Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CAPES pela bolsa concedida para realização desta
pesquisa.
AGRADECIMENTOS
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M e t a c e r c á r i a s d e D i p l o s tomum
Received February 6, 2018.
Accepted March 10, 2018.
Neotropical Helminthology, 2018, 12(1), ene-jun Porto et al.