47
Zoonotic infections in soil of recreational areas
Neotropical Helminthology, Vol. 18, N
º
1, jan - jun 2024
Neotropical Helminthology
Neotropical Helminthology, 2024, vol. 18 (1), 47-54
ORIGINAL ARTICLE / ARTÍCULO ORIGINAL
OCCURRENCE OF
TEMNOCEPHALA
BLANCHARD, 1849
(RHABDOCOELA, TEMNOCEPHALIDAE) IN
AEGLA SPINOSA
BOND-
BUCKUP AND BUCKUP, 1994 (DECAPODA, ANOMURA) IN SANTA
CATARINA, SOUTHERN BRAZIL
OCURRENCIA DE
TEMNOCEPHALA
BLANCHARD, 1849
(RHABDOCOELA, TEMNOCEPHALIDAE) EN
AEGLA SPINOSA
BOND-
BUCKUP Y BUCKUP, 1994 (DECAPODA, ANOMURA) EN SANTA
CATARINA, SUR DE BRASIL
OCORRÊNCIA DE
TEMNOCEPHALA
BLANCHARD, 1849
(RHABDOCOELA, TEMNOCEPHALIDAE) EM
AEGLASPINOSA
BOND-
BUCKUP E BUCKUP, 1994 (DECAPODA, ANOMURA) EM SANTA
CATARINA, SUL DO BRASIL
Rosiléia Marinho de Quadros
1,2
, Max Farjallat Raffi
3
, Vilmar Picinatto
3
, Jary André Carneiro
Júnior
1
, Larissa de Aguiar Bof
2
& Carlos José Raupp Ramos
4
*
ISSN Versión Impresa 2218-6425 ISSN Versión Electrónica 1995-1403
DOI: https://dx.doi.org/10.62429/rnh20241811772
Este artículo es publicado por la revista Neotropical Helminthology de la Facultad de Ciencias Naturales y Matemática, Universidad Nacional Federico
Villarreal, Lima, Perú auspiciado por la Asociación Peruana de Helmintología e Invertebrados Af nes (APHIA). Este es un artículo de acceso abierto,
distribuido bajo los términos de la licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0) [https:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/
deed.es] que permite el uso, distribución y reproducción en cualquier medio, siempre que la obra original sea debidamente citada de su fuente original.
ABSTRACT
T
e aeglids are freshwater crustaceans, playing an important role in the trophic chain for various invertebrate
and ve rtebrate organisms. A specimen of
Aegla spinosa
Blond-Buckup & Buckup, 1994, from the interior of the
1
Laboratório de Zoologia e Parasitologia da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) - Lages, Santa Catarina,
Brasil.
2
Departamento de Medicina Veterinária do Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC) - Lages, Santa Catarina, Brasil.
3
Sumatra Inteligência Ambiental - Lages, Santa Catarina, Brasil.
4
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Laranjeiras do Sul, Paraná, Brasil.
* Corresponding author: carlos.ramos@uf s.edu.br
Rosiléia Marinho de Quadros:
https://orcid.org/0000-0003-2801-0289
Max Farjallat Raf :
https://orcid.org/0000-0001-8971-6192
Vilmar Picinatto:
https://orcid.org/0000-0002-6634-5576
Jary André Carneiro Júnior:
https://orcid.org/0000-0001-8625-0542
Larissa de Aguiar Bof :
https://orcid.org/0000-0003-0569-1739
Carlos José Raupp Ramos:
https://orcid.org/0000-0003-4045-0922
48
Marinho de Quadros
et al.
Neotropical Helminthology, Vol. 18, N
º
1, jan - jun 2024
municipality of Bocaina do Sul, state of Santa Catarina, was brought to the Laboratory of Parasitology and Zoology
at the University of Planalto Catarinense (UNIPLAC), Brazil. Te examined crustacean presented three specimens of
Temnocephala
. As these animals are vulnerable to environmental changes and alterations in the natural landscape due to
anthropic pressure, knowing the presence of temnocephalids can contribute to understanding the associations between
these organisms and their hosts, especially in the state of Santa Catarina, where there is a lack of descriptions for the
invertebrate fauna.
Keywords:
Aeglid – Crustacean – Ectosymbiont –
Platyhelminths – Temnocephalida
RESUMEN
Los aeglídeos son crustáceos dulceacuícolas, siendo importantes en la cadena trófca para diversos organismos
invertebrados y vertebrados. Un espécimen de
Aegla spinosa
Blond-Buckup & Buckup, 1994, proveniente del interior
del município de Bocaina do Sul, estado de Santa Catarina, fue llevado al Laboratorio de Parasitología y Zoología
de la Universidad del Planalto Catarinense (UNIPLAC), Brasil. El crustáceo examinado presentó tres especímenes
de
Temnocephala
. Dado que se trata de animales vulnerables a las alteraciones ambientales y los cambios en el paisaje
natural debido a la presión antrópica, conocer la presencia de temnocefálidos puede contribuir al conocimiento de las
asociaciones entre estos organismos y sus hospederos, especialmente en el estado de Santa Catarina, donde existe una
falta de descripciones para la fauna de invertebrados.
Palabras clave:
Aeglídeo – Crustáceo – Ectosimbionte – Platelmintos – Tenmocefálidos
RESUMO
Os aeglídeos são crustáceos dulciaquícolas, sendo importantes na cadeia trófca para as diversos organismos invertebrados
e vertebrados. Espécime
Aegla
spinosa
Blond-Buckup & Buckup, 1994, proveniente do interior do município de Bocaina
do Sul, estado de Santa Catarina foi trazido ao Laboratório de Parasitologia e Zoologia da Universidade do Planalto
Catarinense (UNIPLAC), Brasil. O crustáceo examinado apresentou três espécimes de
Temnocephala
. Por ser tratar de
animais vulneráveis as alterações ambientais, mudanças na paisagem natural pela pressão antrópica, conhecer a presença
de temnocefalídeos podem levar a contribuir para o conhecimento das associações entre estes organismos com seus
hospedeiros, sobretudo no estado de Santa Catarina, onde existe carência de descrições para fauna de invertebrados.
Palavras chave:
Aeglídeo – Crustaceo – Ectocimbionte – Platyhelmintos – Tenmocephalida
49
Temnocephala
(Rhabdocoela, Temnocephalidae) in
Aegla spinosa
Neotropical Helminthology, Vol. 18, N
º
1, jan - jun 2024
INTRODUÇÃO
Os aeglídeos são crustáceos dulciaquícolas que vivem
tanto em águas lóticas como lênticas, encontrados em
rios, riachos, lagos embaixo de pedras ou folhas. Estes
invertebrados são importantes na cadeia trófca para as
larvas aquáticas de insetos, como também para peixes,
jacarés, rãs e aves (Martinez-Aquino
et al
., 2014).
Estes crustáceos preferem ambientes equilibrados, com
águas bem oxigenadas, sendo sensíveis às perturbações
ambientais
(Trevisan
et al
., 2009).
O gênero
Aegla
Leach, 1820 é o único gênero válido
existente da família Aeglidae, contendo 83 espécies
conhecidas (Santos
et al
., 2017).
Os temnocefalídeos são platyhelmintos de água doce
com forma elíptica, presença de apêndices digitiformes,
ventosa posterior
(Vianna & Mello, 2002), olhos
pigmentados, poros excretores no interior de placas
e cirrus com principal estrutura taxonômica para
diferenciação de espécies (Garcés
et al
., 2013). É o maior
e mais diversifcado grupo monoflético
(Van Steenkiste
et al
., 2013) dentro dos turbelários simbióticos com
aproximadamente 24 gêneros em 122 espécies descritas
(Tyler
et al
., 2024).
A Família Temnocephalidae inclui 12 gêneros
(Damborenea & Brusa, 2008). O gênero
Temnocephala
Blanchard, 1849 inclui 37 espécies de rabdocelas
simbióticos de água doce, associados a uma grande
variedade de hospedeiros entre invertebrados e vertebrados
(Lenis
et al
., 2020).
Na região Neotropical, estão associados a diversos
hospedeiros invertebrados incluindo insetos tricópteros,
megalópteros (Martínez-Aquino
et al.
, 2014), hemípteros
(Amato & Amato, 2005; Amato
et al
., 2007) heterópteros
(Vianna & Mello, 2002) e plecópteros (Avelino-
Capristano
et al
., 2013), moluscos gastrópodos (Garcés
et al
., 2013; Van Steenkiste
et al
., 2013; Seixas
et al
.,
2015a), crustáceos anomuros (Amato
et al
., 2003; Viozzi
et al
., 2005; Amato
et al
., 2003; Volonterio, 2007; León
& Volontério, 2018), crustáceos braquiúros (Lenis
et al
.,
2020) e em tartarugas de água doce da família Chelidae
(Volonterio, 2010; Soares
et al
., 2007).
Estes animais ectobiontes estão associados a um
hospedeiro em certo grau de simbiose levando a ter uma
certa especifcidade o que pode estar relacionado a uma
dependência metabólica (Martín
et al
., 2005).
A distribuição mais diversa e com maior riqueza de
espécies, porém com baixa diversidade de espécies se
encontram na região australiana, tendo registro também
na Nova Zelândia, Nova Guiné e Madagascar (Avelino-
Capristano
et al
., 2013). É na região neotropical que
ocorre a diversidade de hospedeiros, sendo encontrados
na América Central e Sul [Chile
(Brusa & Damborenea,
2000; León
et al
., 2020), Argentina, Venezuela, Colômbia,
Uruguai e Brasil (Vianna & Mello, 2002)].
Em relação a taxonomia de temnocéfalos, a morfologia
dos adultos está baseada na estrutura reprodutiva,
principalmente na morfologia do cirro, porém outras
características são importantes para a diferenciação das
espécies como o complexo reprodutivo feminino, área
de depósito dos ovos no hospedeiro e a forma das placas
epidérmicas sinciciais excretórias (DLSPs)
(Soares
et
al
., 2007; Garcés
et al
., 2013). A epiderme dentro da
Ordem Temnocephalida é formada por um mosaico
de placas epidérmicas sinciciais, a variação de forma e
tamanho do par de sincícios pós-tentaculares (placas
excretoras). O padrão destes sincícios mostraram ser
um critério importante na identifcação em sete espécies
neotropiacis:
T. chilensis
Moquin-Tandon, 1846) a
primeira espécie a ser descrita;
T. digitata
Monticelli,
1902;
T. microdactyla
Monticelli, 1903;
T. talicei
Dioni,
1967;
T. pignalberiae
Dioni, 1967;
T. decarloi
Moretto,
1978 e
T. iheringi
Haswell, 1893 (Seixas
et al
., 2015b).
O primeiro grupo taxonômico estudado para o encontro
de temnocefalídeos, foram os crustáceos, possuindo o
maior número de especies do gênero
Temnocephala
em
que das 21 espécies esctossimbiontes neste grupo de
hospedeiros, sete foram registrados em
Aegla
(Seixas
et
al
., 2018).
O objetivo deste trabalho é relatar a ocorrência de
Temnocephala
Blanchard, 1849 em
Aegla spinosa
Blond-
buckup e Buckup, 1994 em Santa Catarina, sul do Brasil.
MATERIAL E MÉTODOS
Os temnocefalídeos foram obtidos de um espécime de
Aegla
spinosa
Blond-Buckup & Buckup, 1994, coletado
no mês de outubro de 2016 no interior do município de
Bocaina do Sul (27º52’39.50”S, 49º52’29.83”O), estado
de Santa Catarina, sul do Brasil (Fig. 1).
50
Marinho de Quadros
et al.
Neotropical Helminthology, Vol. 18, N
º
1, jan - jun 2024
Figura 1.
Localização do espécime de
Aegla spinosa
em Santa Catarina, sul do Brasil.
A coleta do crustáceo foi realizada de forma manual e após
transportado ao Laboratório de Zoologia e Parasitologia
da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)
em Lages, Santa Catarina, Brasil, e conservado em
álcool 70°GL. A identifcação foi através da utilização de
estereomicroscópio com aumento de 3x.
Os temnocefalídeos foram fxados em AFA (álcool –
formalina - ácido acético) e posteriormente comprimidos
entre lâminas, desidratados em uma série de etanol,
corados com hematoxilina de Delafeld, clarifcados
e montados com bálsamo do Canadá, conforme
metodologia de Amato
et al
. (1991). A identifcação
dos temnocefalídeos foi através da microscopia óptica,
no aumento de 100X. A identifcação do crustáceo foi
através do auxílio de chave sistemática de Buckup &
Bond-Buckup (1999).
O crustáceo e os espécimes de temnocefalídeos foram
depositados na coleção didática do laboratório de
Zoologia e Parasitologia da UNIPLAC.
Aspectos éticos
: Os autores ressaltam que todas as
regulamentações nacionais e internacionais foram
cumpridas.
RESULTADOS
Ao total foram encontrados três temnocefalídeos, um no
quelipo direito com diversos ovos como mostra a (Fig.
2) e dois no dorso do animal. A identifcação não foi
possível chegar a nível de espécie, utilizando os trabalhos
já registrados na literatura em grupos taxonômicos
diferentes.
A taxonomia dos temnocéfalos é baseada na morfologia
dos adultos com ênfase no sistema reprodutivo, sendo
que a estrutura do cirro é a característica de maior valor
taxonômico. No estudo realizado destes espécimes,
observou-se semelhança com a espécie
T. ivandarioi
, uma
nova espécie registrada em
Valdivia serrata
, um caranguejo
no Amazonas na Colômbia.
51
Temnocephala
(Rhabdocoela, Temnocephalidae) in
Aegla spinosa
Neotropical Helminthology, Vol. 18, N
º
1, jan - jun 2024
Figura 2.
Morfologia de
Temnocephala
adultos (A e B). Com detalhe para a faringe (F). Presença de T (tentáculos), Ve
(vesícula excretora), Ta (testículo anterior), TP (testículo posterior), Gr (glândulas rhabitogênicas), Da (Disco adesivo),
Gd (glândulas do disco adesivo). C (
Aegla
sp.). As setas apresentam o temnocefalídeo e os ovos presentes no quelípodo
direito.
Figura 3.
Sistema reprodutivo do macho (a). Destaque para a morfologia do cirro (b) em
Temnocephala
sp.
A
B
C
52
Marinho de Quadros
et al.
Neotropical Helminthology, Vol. 18, N
º
1, jan - jun 2024
DISCUSSÃO
O conhecimento sobre a fauna de crustáceos bentônicos
no Brasil tem sido relativamente documentado, porém
a maioria dos estudos são de espécies marinhas ou
estuarinas, já em relação as espécies de água doce, ainda
existe a necessidade de estudos principalmente sobre a sua
distribuição (Rocha & Bueno, 2004).
A distribuição de certas espécies de aeglídeos podem
apresentar padrões de endemismo, enquanto outras
podem ser amplamente distribuídas, este conhecimento
pode resultar em diferentes estados de conservação para
cada espécie (Marchiori
et al
., 2015).
Os estudos em relação a conservação de aeglídeos, foram
constatados que metade deles estão ameaçados, das
quais vários fatores tem contribuído para diminuir a sua
distribuição no sul da América do Sul, citam-se entre
eles: as alterações do habitat, a contaminação da água
por agrotóxicos, provenientes da agricultura, a perda
da fragmentação ambiental, as construções de usinas
hidrelétricas, entre outros (Santos
et al
., 2017).
No Brasil já foram descritos temnocefalídeos em
diversas espécies de invertebrados, como em moluscos
da Família Tridactylidade:
T. microdactyla
Monticelli,
1903;
T. lutzi
Monticelli, 1913;
T. travassosflhoi
Pereira
& Cuocolo, 1941;
T. lanei
Pereira & Cuocolo, 1941;
T trapeziformis
sp. nov. (Amato
et al
., 2006). Ainda em
moluscos da Família Neritidae também foi registrado em
Temnocephala
euryalyna
e da Família Ampulariidae
T.
rochensis
(Seixas
et al
., 2010). Em crustáceo
Aegla serrana
foi registrada uma nova espécie
T. cyanoglandula
(Amato
et al
., 2003
). Temnocephala grisella
em
Aegla spinipalma
Bond-Buckup & Buckup, 1994 e
Aegla grisella
Bond-
Buckup & Buckup, 1994 (Seixas
et al.,
2018). Em insetos
belostomatídeo
Belostoma
Latreille, 1807 foi descrita
Temnocephala curvicirri
(Amato & Amato, 2005),
Temnocephala minutocirrus
em naucorídeo
Cryphocricos
granulosus
De Carlo, 1967
(Amato
et al
., 2007) e em
plecópteros da família perlidade
Kempnyia reticulata
(Klapálek, 1916), porém sem identifcação da espécie
de temnocephala (Avelino-Capristano
et al
., 2013). Em
vertebrados foram encontrados
Hydromedusa tectifera
Cope, 1870, testudíneo da família Chelidae, porém
também não foi identifcada a espécie de
Temnocephala
(Soares
et al
., 2007).
Em virtude das poucas informações sobre temnocefalídeos
em crustáceos decápodos no Brasil, mesmo a espécie
observada na região de Santa Catarina, haver semelhanças
com a espécie de
T. ivandarioi
no Amazonas, em terras
colombianas, não podemos afrmar com certeza desta
espécie, sobretudo por tratar-se de outro hospedeiro,
assim como também em uma área geográfca muito
distante e distinta da área de encontro destes espécimes
aqui no sul do Brasil. Sendo assim, se faz necessários
estudos complementares na região aliadas as técnicas de
diagnósticos moleculares.
Os aeglídeos por serem animais vulneráveis as alterações
ambientais, mudanças na paisagem natural pela pressão
antrópica, podem levar a redução da sua população
já pequena e as informações sobre sua biologia e
comportamento podem ser cada vez mais escassas, desta
forma, conhecer a presença de temnocefalídeos podem
levar a contribuir para o conhecimento das associações
entre estes organismos com o hospedeiro, sobretudo
no estado de Santa Catarina, onde existe carência de
descrições para fauna de invertebrados.
O relato descreve pela primeira o gênero
Temnocephala
no estado de Santa Catarina em um espécime de
Aegla
spinosa
Blond-Buckup & Buckup, 1994 (Decapoda,
Anomura).
Author contribution: CRediT (
Contributor Roles
Taxonomy
)
RMQ
= Rosiléia Marinho de Quadros
MFR
= Max Farjallat Raf
VP
= Vilmar Picinatto
JACJ
= Jary André Carneiro Júnior
LAB
= Larissa de Aguiar Bof
CJRR
= Carlos José Raupp Ramos
Conceptualization
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB,
CJRR.
Data curation
: RMQ, CJRR.
Formal Analysis
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR.
Funding acquisition
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR
.
Investigation
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR.
Methodology
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR.
Project administration
: RMQ, CJRR.
Resources
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR.
Software
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR.
Supervision
: RMQ, CJRR.
Validation
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR.
Visualization
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR.
Writing – original draft
: RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR.
Writing – review & editing
: RMQ, CJRR.
53
Temnocephala
(Rhabdocoela, Temnocephalidae) in
Aegla spinosa
Neotropical Helminthology, Vol. 18, N
º
1, jan - jun 2024
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Amato, J.F.R., & Amato, S.B. (2005). New species of
Temnocephala
Blanchard (Platyhelminthes, Temnocephalida)
ectosymbiont on giant water bugs,
Belastoma
spp. from Southern Brazil.
Revista Brasileira de Zoologia,
22
, 107–
118.
Amato, J.F.R, Amato, S.B., & Daudt, L.C.C. (2003). New species of Temnocephala Blanchard (Platyhelminthes,
Temnocephalida) ectosymbiont on
Aegla serrana
Buckup & Rossi (Crustacea, Anomura) from Southern Brazil.
Revista Brasileira de Zoologia,
20
, 493–500.
Amato, J.F.R, Amato, S.B., & Seixas, S.A. (2006). New species of Temnocephala Blanchard (Platyhelminthes,
Temnocephalida) ectosymbiont
on
Trichodactylus fuviatillis
Latreille (Crustacea, Decapoda, Trichodactylidae)
from Southern Brazil.
Revista Brasileira de Zoologia
,
23
, 796-806.
Amato, J.F.R., Boeger, W.A., & Amato, S.B. (1991).
Coleta e Processamento de Parasitos de Pescado - Protocolos para
Laboratório.
Rio de Janeiro. 81p.
Amato, J.F.R, Seixas, S.A., & Amato, S.B.A. (2007). A new species of
Temnocephala
Blanchar (Platyhelminthes,
Temnocephalida) ectosymbiont on creeping weeping water bater bugs,
Cryphocricos granulosus
De Carlo
(
Hemiptera naucoridae
) from Southern Brazil.
Revista Brasileira de Zoologia
,
24
, 1043- 1051.
Avelino-Capristano, F., Barbosa, L., & Cunha, A.M. (2013). Occurrence of Temnocephala (Platyhelminthes:
Temnocephalida) in Immatures of
Kempnyia reticulata
(Enderlein) (Insecta: Plecoptera: Perlidae).
EntomoBrasilis,
6
, 91-93.
Brusa, F., & Damborenea, M.C. (2000). First Report of
Temnocephala brevicornis
Monticelli 1889 (Temnocephalidae:
Platyhelminthes) in Argentina
.
Memórias dos Instituto Oswaldo Cruz
,
95
, 81-82.
Buckup, L., & Bond-Buckup, G. (1999).
Os crustáceos do Rio Grande do Sul.
Universidade UFRGS. 503p.
Damborenea, C., & Brusa, F. (2008). A new species of
Temnocephala
(Platyhelminthes, Temnocephalida) commensal of
Pomella megastoma (
Mollusca, Ampullariidae) from Misiones, Argentina.
Revista Mexicana de Biodiversidad,
79
,
1S- 7S.
Garcés, A.C., Puerta, L., Tabares, Y., Lenis, C., & Velásquez, L.E. (2013).
Temnocephala colombiensis
n. sp. (Platyhelminthes:
Temnocephalidae) from Antioquia, Colombia.
Revista Mexicana de Biodiversidad
,
84
, 1090-1099.
Lenis, C.L., Ruiz, F. Muskus, C., Marcilla, A., & Vélez, I. (2020)
.
A new fatworm species of
Temnocephala
(Rhabdocoela,
Temnocephalidae) ectosymbiont on the freshwater crab
Valdivia serrata
(Decapoda, Trichodactylidae) from
Amazonas, Colombia.
ZooKeys
, 918, 1–14.
León, R.P., & Volonterio, O. (2018). A new species of
Temnocephala
(Platyhelminthes) with an unusual pharynx,
including an amendment of the diagnosis of the genus.
Zootaxa
,
4378
, 323-336.
León, R.P., Rudolph, E., & Volonterio, O. (2020).
On a new Temnocephala
(Platyhelminthes) from Southern Patagonia
(Chile, Argentina), with a redescription of
T. chilensis
and some systematic and biogeographical insights.
Zootaxa
,
4852
, 383-395.
Marchiori, A.B., Fornel, R., & Santos, S. (2015
).
Morphometric variation in allopatric populations of
Aegla platensis
(Crustacea: Decapoda: Anomura): possible evidence for cryptic speciation.
Zoomorphology
,
134
, 45–53.
Martín, P.R., Estebenet, A.L., & Burela, S. (2005). Factors afeting the distribution and abundance of the commensal
Temnocephala iheringi
(Platyhelminthes: Temnocephalidae) among the southernmost populations of the apple
snail
Pomacea canaliculata
(Mollusca: Ampullariidae).
Hydrobiologia
,
545
, 45–53.
Martínez-Aquino, A.; Brusa, F., & Damborenea, C. (2014). Checklist of freshwater symbiotic temnocephalans
(Platyhelminthes, Rhabditophora, Temnocephalida) from the Neotropics.
Jornal of Zoological Systematics and
Evolutionary Research, 90
, 147-162.
Rocha, S. S., & Bueno, S. L. S. (2004). Crustáceos decápodes de água doce com ocorrência no Vale do Ribeira de Iguape
e rios costeiros adjacentes, São Paulo, Brasil.
Revista Brasileira de Zoologia
,
21
, 1001–1010.
54
Marinho de Quadros
et al.
Neotropical Helminthology, Vol. 18, N
º
1, jan - jun 2024
Seixas, A.S., Amato, J.F.R., & Amato, S.B. (2010). First report of
Temnocephala rochensis
(Platyhelminthes:
Temnocephalida) from
Pomacea canaliculata
(Mollusca: Ampullariidae) outside Uruguay – description update
based on specimens from the state of Rio Grande do Sul, Brazil.
Zoologia
,
27
, 820–828.
Seixas, A.S., Amato, J.F.R., & Amato, S.B. (2015a). Te epidermal ‘excretory’ syncytial plates in species of
Temnocephala
(Platyhelminthes, Temnocephalida): Proposal of a new methodology.
Revista Brasileira de Biociências
,
13
, 237-
244.
Seixas, S.A, Amato, J.F.R. & Amato, S.B.A. (2015b). New species of
Temnocephala
(Platyhelminthes, Temnocephalida)
ectosymbiont on
Neritina zebra
(Mollusca, Neritidae) from the brazilian amazonia.
Neotropical Helminthology
,
9
,
41-53.
Seixas, A.S., Dametto, N., Périco, E. (2018). New species of
Temnocephala
(Platyhelminthes, Temnocephalida)
ectosymbiont on vulnerable species of aeglids (Crustacea, Anomura) from the Neotropical Region.
Biota
Neotropical
,
18
, 1-11.
Santos, S., Bond-Buckup, G., Gonçalves, A.S., Santos, M. B., Buckup, L., & Jara, C. G. (2017). Diversity and
conservation status of
Aegla
spp. (Anomura, Aeglidae): an update.
Nauplius
,
25
, 1-14.
Soares, J.F., Oliveira, C. B, Silva, A.S., Souza, C.P., & Monteiro, S.G. (2007). Temnocefalídeo em tartaruga de água
doce,
Hydromedusa tectifera
, da região central do Rio Grande do Sul.
Ciência Rural
,
37
, 901-902.
Trevisan, A., Hepp, L.U., & Santos S. (2009). Abundância e distribuição de Aeglidae (Crustacea: Anomura) em função
do uso da terra na bacia hidrográfca do Rio Jacutinga, Rio Grande do Sul, Brasil.
Zoologia
,
26
, 419-426.
Tyler, S., Schilling, S., Hooge, M. & Bush, L. F. (2024).
Turbellarian taxonomic database. Versão 1.8. 2006-2015
. http://
turbellaria.umaine.edu/
Van Steenkiste, N., Tessens, B., Willems, W., Backeljau, T., Jondelius, U., & Artois, T. (2013).
A
Comprehensive
molecular phylogeny of Dalytyphloplanida (Platyhelminthes: Rhabdocoela) reveals multiple escapes from the
marine environment and origins of symbiotic relationships.
PLOS ONE, 8
, 59917.
Vianna, G.J.C., & Melo, A.L. (2002). Aquatic Heteroptera o host of
Temnocephala
Blanchard (Platyhelminthes:
Temnocephalidae) in Minas Gerais, Brazil.
Lundiana
,
3
,151-153.
Viozzi, G., Flores, V., & Rauque, C. (2005). An ectosymbiotic fatworm,
Temnocephala
chilensis
, as second intermediate
host for
Echinoparyphium megacirrus
(Digenea: Echinostomatidae) in Patagonia (Argentina).
Journal of Parasitology
,
91
, 229-31.
Volonterio, O. (2007). A new species of
Temnocephala
(Platyhelminthes, Temnocephalida) and a descrition of
T. axenos
from Uruguay.
Journal of Natural History, 41
,1245-1257.
Volonterio, O. (2010). Two New Species of
Temnocephala
(Platyhelminthes, Temnocephalida) from the South American
Snake-Necked Turtle
Hydromedusa tectifera
(Testudines, Chelidae).
Zoological Science
,
27
, 965–970.
Received March 12, 2024.
Accepted May 13, 2024.