47 Zoonotic infections in soil of recreational areas Neotropical Helminthology, Vol. 18, Nº1, jan - jun 2024 Neotropical Helminthology Neotropical Helminthology, 2024, vol. 18 (1), 47-54 ORIGINAL ARTICLE / ARTÍCULO ORIGINAL OCCURRENCE OF TEMNOCEPHALA BLANCHARD, 1849 (RHABDOCOELA, TEMNOCEPHALIDAE) IN AEGLA SPINOSA BOND-BUCKUP AND BUCKUP, 1994 (DECAPODA, ANOMURA) IN SANTA CATARINA, SOUTHERN BRAZILOCURRENCIA DE TEMNOCEPHALA BLANCHARD, 1849 (RHABDOCOELA, TEMNOCEPHALIDAE) EN AEGLA SPINOSA BOND-BUCKUP Y BUCKUP, 1994 (DECAPODA, ANOMURA) EN SANTA CATARINA, SUR DE BRASILOCORRÊNCIA DE TEMNOCEPHALA BLANCHARD, 1849 (RHABDOCOELA, TEMNOCEPHALIDAE) EM AEGLASPINOSA BOND-BUCKUP E BUCKUP, 1994 (DECAPODA, ANOMURA) EM SANTA CATARINA, SUL DO BRASIL Rosiléia Marinho de Quadros 1,2 , Max Farjallat Raffi 3 , Vilmar Picinatto 3 , Jary André Carneiro Júnior 1 , Larissa de Aguiar Bof 2 & Carlos José Raupp Ramos 4 * ISSN Versión Impresa 2218-6425 ISSN Versión Electrónica 1995-1403 DOI: https://dx.doi.org/10.62429/rnh20241811772 Este artículo es publicado por la revista Neotropical Helminthology de la Facultad de Ciencias Naturales y Matemática, Universidad Nacional Federico Villarreal, Lima, Perú auspiciado por la Asociación Peruana de Helmintología e Invertebrados Af nes (APHIA). Este es un artículo de acceso abierto, distribuido bajo los términos de la licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0) [https:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.es] que permite el uso, distribución y reproducción en cualquier medio, siempre que la obra original sea debidamente citada de su fuente original. ABSTRACT T e aeglids are freshwater crustaceans, playing an important role in the trophic chain for various invertebrate and ve rtebrate organisms. A specimen of Aegla spinosa Blond-Buckup & Buckup, 1994, from the interior of the 1 Laboratório de Zoologia e Parasitologia da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) - Lages, Santa Catarina, Brasil. 2 Departamento de Medicina Veterinária do Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) - Lages, Santa Catarina, Brasil. 3 Sumatra Inteligência Ambiental - Lages, Santa Catarina, Brasil. 4 Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Laranjeiras do Sul, Paraná, Brasil.* Corresponding author: carlos.ramos@uf s.edu.brRosiléia Marinho de Quadros: https://orcid.org/0000-0003-2801-0289Max Farjallat Raf : https://orcid.org/0000-0001-8971-6192Vilmar Picinatto: https://orcid.org/0000-0002-6634-5576Jary André Carneiro Júnior: https://orcid.org/0000-0001-8625-0542Larissa de Aguiar Bof : https://orcid.org/0000-0003-0569-1739Carlos José Raupp Ramos: https://orcid.org/0000-0003-4045-0922
48 Marinho de Quadros et al. Neotropical Helminthology, Vol. 18, Nº1, jan - jun 2024 municipality of Bocaina do Sul, state of Santa Catarina, was brought to the Laboratory of Parasitology and Zoology at the University of Planalto Catarinense (UNIPLAC), Brazil. Te examined crustacean presented three specimens of Temnocephala . As these animals are vulnerable to environmental changes and alterations in the natural landscape due to anthropic pressure, knowing the presence of temnocephalids can contribute to understanding the associations between these organisms and their hosts, especially in the state of Santa Catarina, where there is a lack of descriptions for the invertebrate fauna. Keywords: Aeglid – Crustacean – Ectosymbiont – Platyhelminths – Temnocephalida RESUMEN Los aeglídeos son crustáceos dulceacuícolas, siendo importantes en la cadena trófca para diversos organismos invertebrados y vertebrados. Un espécimen de Aegla spinosa Blond-Buckup & Buckup, 1994, proveniente del interior del município de Bocaina do Sul, estado de Santa Catarina, fue llevado al Laboratorio de Parasitología y Zoología de la Universidad del Planalto Catarinense (UNIPLAC), Brasil. El crustáceo examinado presentó tres especímenes de Temnocephala . Dado que se trata de animales vulnerables a las alteraciones ambientales y los cambios en el paisaje natural debido a la presión antrópica, conocer la presencia de temnocefálidos puede contribuir al conocimiento de las asociaciones entre estos organismos y sus hospederos, especialmente en el estado de Santa Catarina, donde existe una falta de descripciones para la fauna de invertebrados. Palabras clave: Aeglídeo – Crustáceo – Ectosimbionte – Platelmintos – Tenmocefálidos RESUMO Os aeglídeos são crustáceos dulciaquícolas, sendo importantes na cadeia trófca para as diversos organismos invertebrados e vertebrados. Espécime Aegla spinosa Blond-Buckup & Buckup, 1994, proveniente do interior do município de Bocaina do Sul, estado de Santa Catarina foi trazido ao Laboratório de Parasitologia e Zoologia da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), Brasil. O crustáceo examinado apresentou três espécimes de Temnocephala . Por ser tratar de animais vulneráveis as alterações ambientais, mudanças na paisagem natural pela pressão antrópica, conhecer a presença de temnocefalídeos podem levar a contribuir para o conhecimento das associações entre estes organismos com seus hospedeiros, sobretudo no estado de Santa Catarina, onde existe carência de descrições para fauna de invertebrados. Palavras chave: Aeglídeo – Crustaceo – Ectocimbionte – Platyhelmintos – Tenmocephalida
49 Temnocephala (Rhabdocoela, Temnocephalidae) in Aegla spinosa Neotropical Helminthology, Vol. 18, Nº1, jan - jun 2024 INTRODUÇÃO Os aeglídeos são crustáceos dulciaquícolas que vivem tanto em águas lóticas como lênticas, encontrados em rios, riachos, lagos embaixo de pedras ou folhas. Estes invertebrados são importantes na cadeia trófca para as larvas aquáticas de insetos, como também para peixes, jacarés, rãs e aves (Martinez-Aquino et al ., 2014). Estes crustáceos preferem ambientes equilibrados, com águas bem oxigenadas, sendo sensíveis às perturbações ambientais (Trevisan et al ., 2009). O gênero Aegla Leach, 1820 é o único gênero válido existente da família Aeglidae, contendo 83 espécies conhecidas (Santos et al ., 2017). Os temnocefalídeos são platyhelmintos de água doce com forma elíptica, presença de apêndices digitiformes, ventosa posterior (Vianna & Mello, 2002), olhos pigmentados, poros excretores no interior de placas e cirrus com principal estrutura taxonômica para diferenciação de espécies (Garcés et al ., 2013). É o maior e mais diversifcado grupo monoflético (Van Steenkiste et al ., 2013) dentro dos turbelários simbióticos com aproximadamente 24 gêneros em 122 espécies descritas (Tyler et al ., 2024). A Família Temnocephalidae inclui 12 gêneros (Damborenea & Brusa, 2008). O gênero Temnocephala Blanchard, 1849 inclui 37 espécies de rabdocelas simbióticos de água doce, associados a uma grande variedade de hospedeiros entre invertebrados e vertebrados (Lenis et al ., 2020).Na região Neotropical, estão associados a diversos hospedeiros invertebrados incluindo insetos tricópteros, megalópteros (Martínez-Aquino et al. , 2014), hemípteros (Amato & Amato, 2005; Amato et al ., 2007) heterópteros (Vianna & Mello, 2002) e plecópteros (Avelino-Capristano et al ., 2013), moluscos gastrópodos (Garcés et al ., 2013; Van Steenkiste et al ., 2013; Seixas et al ., 2015a), crustáceos anomuros (Amato et al ., 2003; Viozzi et al ., 2005; Amato et al ., 2003; Volonterio, 2007; León & Volontério, 2018), crustáceos braquiúros (Lenis et al ., 2020) e em tartarugas de água doce da família Chelidae (Volonterio, 2010; Soares et al ., 2007). Estes animais ectobiontes estão associados a um hospedeiro em certo grau de simbiose levando a ter uma certa especifcidade o que pode estar relacionado a uma dependência metabólica (Martín et al ., 2005).A distribuição mais diversa e com maior riqueza de espécies, porém com baixa diversidade de espécies se encontram na região australiana, tendo registro também na Nova Zelândia, Nova Guiné e Madagascar (Avelino-Capristano et al ., 2013). É na região neotropical que ocorre a diversidade de hospedeiros, sendo encontrados na América Central e Sul [Chile (Brusa & Damborenea, 2000; León et al ., 2020), Argentina, Venezuela, Colômbia, Uruguai e Brasil (Vianna & Mello, 2002)]. Em relação a taxonomia de temnocéfalos, a morfologia dos adultos está baseada na estrutura reprodutiva, principalmente na morfologia do cirro, porém outras características são importantes para a diferenciação das espécies como o complexo reprodutivo feminino, área de depósito dos ovos no hospedeiro e a forma das placas epidérmicas sinciciais excretórias (DLSPs) (Soares et al ., 2007; Garcés et al ., 2013). A epiderme dentro da Ordem Temnocephalida é formada por um mosaico de placas epidérmicas sinciciais, a variação de forma e tamanho do par de sincícios pós-tentaculares (placas excretoras). O padrão destes sincícios mostraram ser um critério importante na identifcação em sete espécies neotropiacis: T. chilensis Moquin-Tandon, 1846) a primeira espécie a ser descrita; T. digitata Monticelli, 1902; T. microdactyla Monticelli, 1903; T. talicei Dioni, 1967; T. pignalberiae Dioni, 1967; T. decarloi Moretto, 1978 e T. iheringi Haswell, 1893 (Seixas et al ., 2015b). O primeiro grupo taxonômico estudado para o encontro de temnocefalídeos, foram os crustáceos, possuindo o maior número de especies do gênero Temnocephala em que das 21 espécies esctossimbiontes neste grupo de hospedeiros, sete foram registrados em Aegla (Seixas et al ., 2018). O objetivo deste trabalho é relatar a ocorrência de Temnocephala Blanchard, 1849 em Aegla spinosa Blond-buckup e Buckup, 1994 em Santa Catarina, sul do Brasil. MATERIAL E MÉTODOS Os temnocefalídeos foram obtidos de um espécime de Aegla spinosa Blond-Buckup & Buckup, 1994, coletado no mês de outubro de 2016 no interior do município de Bocaina do Sul (27º52’39.50”S, 49º52’29.83”O), estado de Santa Catarina, sul do Brasil (Fig. 1).
50 Marinho de Quadros et al. Neotropical Helminthology, Vol. 18, Nº1, jan - jun 2024 Figura 1. Localização do espécime de Aegla spinosa em Santa Catarina, sul do Brasil. A coleta do crustáceo foi realizada de forma manual e após transportado ao Laboratório de Zoologia e Parasitologia da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) em Lages, Santa Catarina, Brasil, e conservado em álcool 70°GL. A identifcação foi através da utilização de estereomicroscópio com aumento de 3x.Os temnocefalídeos foram fxados em AFA (álcool – formalina - ácido acético) e posteriormente comprimidos entre lâminas, desidratados em uma série de etanol, corados com hematoxilina de Delafeld, clarifcados e montados com bálsamo do Canadá, conforme metodologia de Amato et al . (1991). A identifcação dos temnocefalídeos foi através da microscopia óptica, no aumento de 100X. A identifcação do crustáceo foi através do auxílio de chave sistemática de Buckup & Bond-Buckup (1999).O crustáceo e os espécimes de temnocefalídeos foram depositados na coleção didática do laboratório de Zoologia e Parasitologia da UNIPLAC. Aspectos éticos : Os autores ressaltam que todas as regulamentações nacionais e internacionais foram cumpridas. RESULTADOS Ao total foram encontrados três temnocefalídeos, um no quelipo direito com diversos ovos como mostra a (Fig. 2) e dois no dorso do animal. A identifcação não foi possível chegar a nível de espécie, utilizando os trabalhos já registrados na literatura em grupos taxonômicos diferentes.A taxonomia dos temnocéfalos é baseada na morfologia dos adultos com ênfase no sistema reprodutivo, sendo que a estrutura do cirro é a característica de maior valor taxonômico. No estudo realizado destes espécimes, observou-se semelhança com a espécie T. ivandarioi , uma nova espécie registrada em Valdivia serrata , um caranguejo no Amazonas na Colômbia.
51 Temnocephala (Rhabdocoela, Temnocephalidae) in Aegla spinosa Neotropical Helminthology, Vol. 18, Nº1, jan - jun 2024 Figura 2. Morfologia de Temnocephala adultos (A e B). Com detalhe para a faringe (F). Presença de T (tentáculos), Ve (vesícula excretora), Ta (testículo anterior), TP (testículo posterior), Gr (glândulas rhabitogênicas), Da (Disco adesivo), Gd (glândulas do disco adesivo). C ( Aegla sp.). As setas apresentam o temnocefalídeo e os ovos presentes no quelípodo direito. Figura 3. Sistema reprodutivo do macho (a). Destaque para a morfologia do cirro (b) em Temnocephala sp. ABC
52 Marinho de Quadros et al. Neotropical Helminthology, Vol. 18, Nº1, jan - jun 2024 DISCUSSÃO O conhecimento sobre a fauna de crustáceos bentônicos no Brasil tem sido relativamente documentado, porém a maioria dos estudos são de espécies marinhas ou estuarinas, já em relação as espécies de água doce, ainda existe a necessidade de estudos principalmente sobre a sua distribuição (Rocha & Bueno, 2004). A distribuição de certas espécies de aeglídeos podem apresentar padrões de endemismo, enquanto outras podem ser amplamente distribuídas, este conhecimento pode resultar em diferentes estados de conservação para cada espécie (Marchiori et al ., 2015).Os estudos em relação a conservação de aeglídeos, foram constatados que metade deles estão ameaçados, das quais vários fatores tem contribuído para diminuir a sua distribuição no sul da América do Sul, citam-se entre eles: as alterações do habitat, a contaminação da água por agrotóxicos, provenientes da agricultura, a perda da fragmentação ambiental, as construções de usinas hidrelétricas, entre outros (Santos et al ., 2017).No Brasil já foram descritos temnocefalídeos em diversas espécies de invertebrados, como em moluscos da Família Tridactylidade: T. microdactyla Monticelli, 1903; T. lutzi Monticelli, 1913; T. travassosflhoi Pereira & Cuocolo, 1941; T. lanei Pereira & Cuocolo, 1941; T trapeziformis sp. nov. (Amato et al ., 2006). Ainda em moluscos da Família Neritidae também foi registrado em Temnocephala euryalyna e da Família Ampulariidae T. rochensis (Seixas et al ., 2010). Em crustáceo Aegla serrana foi registrada uma nova espécie T. cyanoglandula (Amato et al ., 2003 ). Temnocephala grisella em Aegla spinipalma Bond-Buckup & Buckup, 1994 e Aegla grisella Bond-Buckup & Buckup, 1994 (Seixas et al., 2018). Em insetos belostomatídeo Belostoma Latreille, 1807 foi descrita Temnocephala curvicirri (Amato & Amato, 2005), Temnocephala minutocirrus em naucorídeo Cryphocricos granulosus De Carlo, 1967 (Amato et al ., 2007) e em plecópteros da família perlidade Kempnyia reticulata (Klapálek, 1916), porém sem identifcação da espécie de temnocephala (Avelino-Capristano et al ., 2013). Em vertebrados foram encontrados Hydromedusa tectifera Cope, 1870, testudíneo da família Chelidae, porém também não foi identifcada a espécie de Temnocephala (Soares et al ., 2007). Em virtude das poucas informações sobre temnocefalídeos em crustáceos decápodos no Brasil, mesmo a espécie observada na região de Santa Catarina, haver semelhanças com a espécie de T. ivandarioi no Amazonas, em terras colombianas, não podemos afrmar com certeza desta espécie, sobretudo por tratar-se de outro hospedeiro, assim como também em uma área geográfca muito distante e distinta da área de encontro destes espécimes aqui no sul do Brasil. Sendo assim, se faz necessários estudos complementares na região aliadas as técnicas de diagnósticos moleculares.Os aeglídeos por serem animais vulneráveis as alterações ambientais, mudanças na paisagem natural pela pressão antrópica, podem levar a redução da sua população já pequena e as informações sobre sua biologia e comportamento podem ser cada vez mais escassas, desta forma, conhecer a presença de temnocefalídeos podem levar a contribuir para o conhecimento das associações entre estes organismos com o hospedeiro, sobretudo no estado de Santa Catarina, onde existe carência de descrições para fauna de invertebrados.O relato descreve pela primeira o gênero Temnocephala no estado de Santa Catarina em um espécime de Aegla spinosa Blond-Buckup & Buckup, 1994 (Decapoda, Anomura). Author contribution: CRediT ( Contributor Roles Taxonomy )RMQ = Rosiléia Marinho de Quadros MFR = Max Farjallat Raf VP = Vilmar Picinatto JACJ = Jary André Carneiro Júnior LAB = Larissa de Aguiar Bof CJRR = Carlos José Raupp Ramos Conceptualization : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Data curation : RMQ, CJRR. Formal Analysis : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Funding acquisition : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR . Investigation : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Methodology : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Project administration : RMQ, CJRR. Resources : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Software : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Supervision : RMQ, CJRR. Validation : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Visualization : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Writing – original draft : RMQ, MFR, VP, JACJ, LAB, CJRR. Writing – review & editing : RMQ, CJRR.
53 Temnocephala (Rhabdocoela, Temnocephalidae) in Aegla spinosa Neotropical Helminthology, Vol. 18, Nº1, jan - jun 2024 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Amato, J.F.R., & Amato, S.B. (2005). New species of Temnocephala Blanchard (Platyhelminthes, Temnocephalida) ectosymbiont on giant water bugs, Belastoma spp. from Southern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 22 , 107–118.Amato, J.F.R, Amato, S.B., & Daudt, L.C.C. (2003). New species of Temnocephala Blanchard (Platyhelminthes, Temnocephalida) ectosymbiont on Aegla serrana Buckup & Rossi (Crustacea, Anomura) from Southern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 20 , 493–500.Amato, J.F.R, Amato, S.B., & Seixas, S.A. (2006). New species of Temnocephala Blanchard (Platyhelminthes, Temnocephalida) ectosymbiont on Trichodactylus fuviatillis Latreille (Crustacea, Decapoda, Trichodactylidae) from Southern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia , 23 , 796-806.Amato, J.F.R., Boeger, W.A., & Amato, S.B. (1991). Coleta e Processamento de Parasitos de Pescado - Protocolos para Laboratório. Rio de Janeiro. 81p.Amato, J.F.R, Seixas, S.A., & Amato, S.B.A. (2007). A new species of Temnocephala Blanchar (Platyhelminthes, Temnocephalida) ectosymbiont on creeping weeping water bater bugs, Cryphocricos granulosus De Carlo ( Hemiptera naucoridae ) from Southern Brazil. Revista Brasileira de Zoologia , 24 , 1043- 1051.Avelino-Capristano, F., Barbosa, L., & Cunha, A.M. (2013). Occurrence of Temnocephala (Platyhelminthes: Temnocephalida) in Immatures of Kempnyia reticulata (Enderlein) (Insecta: Plecoptera: Perlidae). EntomoBrasilis, 6 , 91-93.Brusa, F., & Damborenea, M.C. (2000). First Report of Temnocephala brevicornis Monticelli 1889 (Temnocephalidae: Platyhelminthes) in Argentina . Memórias dos Instituto Oswaldo Cruz , 95 , 81-82.Buckup, L., & Bond-Buckup, G. (1999). Os crustáceos do Rio Grande do Sul. Universidade UFRGS. 503p.Damborenea, C., & Brusa, F. (2008). A new species of Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalida) commensal of Pomella megastoma ( Mollusca, Ampullariidae) from Misiones, Argentina. Revista Mexicana de Biodiversidad, 79 , 1S- 7S.Garcés, A.C., Puerta, L., Tabares, Y., Lenis, C., & Velásquez, L.E. (2013). Temnocephala colombiensis n. sp. (Platyhelminthes: Temnocephalidae) from Antioquia, Colombia. Revista Mexicana de Biodiversidad , 84 , 1090-1099.Lenis, C.L., Ruiz, F. Muskus, C., Marcilla, A., & Vélez, I. (2020) . A new fatworm species of Temnocephala (Rhabdocoela, Temnocephalidae) ectosymbiont on the freshwater crab Valdivia serrata (Decapoda, Trichodactylidae) from Amazonas, Colombia. ZooKeys , 918, 1–14. León, R.P., & Volonterio, O. (2018). A new species of Temnocephala (Platyhelminthes) with an unusual pharynx, including an amendment of the diagnosis of the genus. Zootaxa , 4378 , 323-336.León, R.P., Rudolph, E., & Volonterio, O. (2020). On a new Temnocephala (Platyhelminthes) from Southern Patagonia (Chile, Argentina), with a redescription of T. chilensis and some systematic and biogeographical insights. Zootaxa , 4852 , 383-395.Marchiori, A.B., Fornel, R., & Santos, S. (2015 ). Morphometric variation in allopatric populations of Aegla platensis (Crustacea: Decapoda: Anomura): possible evidence for cryptic speciation. Zoomorphology , 134 , 45–53.Martín, P.R., Estebenet, A.L., & Burela, S. (2005). Factors afeting the distribution and abundance of the commensal Temnocephala iheringi (Platyhelminthes: Temnocephalidae) among the southernmost populations of the apple snail Pomacea canaliculata (Mollusca: Ampullariidae). Hydrobiologia , 545 , 45–53.Martínez-Aquino, A.; Brusa, F., & Damborenea, C. (2014). Checklist of freshwater symbiotic temnocephalans (Platyhelminthes, Rhabditophora, Temnocephalida) from the Neotropics. Jornal of Zoological Systematics and Evolutionary Research, 90 , 147-162. Rocha, S. S., & Bueno, S. L. S. (2004). Crustáceos decápodes de água doce com ocorrência no Vale do Ribeira de Iguape e rios costeiros adjacentes, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia , 21 , 1001–1010.
54 Marinho de Quadros et al. Neotropical Helminthology, Vol. 18, Nº1, jan - jun 2024 Seixas, A.S., Amato, J.F.R., & Amato, S.B. (2010). First report of Temnocephala rochensis (Platyhelminthes: Temnocephalida) from Pomacea canaliculata (Mollusca: Ampullariidae) outside Uruguay – description update based on specimens from the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Zoologia , 27 , 820–828.Seixas, A.S., Amato, J.F.R., & Amato, S.B. (2015a). Te epidermal ‘excretory’ syncytial plates in species of Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalida): Proposal of a new methodology. Revista Brasileira de Biociências , 13 , 237-244.Seixas, S.A, Amato, J.F.R. & Amato, S.B.A. (2015b). New species of Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalida) ectosymbiont on Neritina zebra (Mollusca, Neritidae) from the brazilian amazonia. Neotropical Helminthology , 9 , 41-53.Seixas, A.S., Dametto, N., Périco, E. (2018). New species of Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalida) ectosymbiont on vulnerable species of aeglids (Crustacea, Anomura) from the Neotropical Region. Biota Neotropical , 18 , 1-11.Santos, S., Bond-Buckup, G., Gonçalves, A.S., Santos, M. B., Buckup, L., & Jara, C. G. (2017). Diversity and conservation status of Aegla spp. (Anomura, Aeglidae): an update. Nauplius , 25 , 1-14. Soares, J.F., Oliveira, C. B, Silva, A.S., Souza, C.P., & Monteiro, S.G. (2007). Temnocefalídeo em tartaruga de água doce, Hydromedusa tectifera , da região central do Rio Grande do Sul. Ciência Rural , 37 , 901-902.Trevisan, A., Hepp, L.U., & Santos S. (2009). Abundância e distribuição de Aeglidae (Crustacea: Anomura) em função do uso da terra na bacia hidrográfca do Rio Jacutinga, Rio Grande do Sul, Brasil. Zoologia , 26 , 419-426.Tyler, S., Schilling, S., Hooge, M. & Bush, L. F. (2024). Turbellarian taxonomic database. Versão 1.8. 2006-2015 . http://turbellaria.umaine.edu/Van Steenkiste, N., Tessens, B., Willems, W., Backeljau, T., Jondelius, U., & Artois, T. (2013). A Comprehensive molecular phylogeny of Dalytyphloplanida (Platyhelminthes: Rhabdocoela) reveals multiple escapes from the marine environment and origins of symbiotic relationships. PLOS ONE, 8 , 59917. Vianna, G.J.C., & Melo, A.L. (2002). Aquatic Heteroptera o host of Temnocephala Blanchard (Platyhelminthes: Temnocephalidae) in Minas Gerais, Brazil. Lundiana , 3 ,151-153.Viozzi, G., Flores, V., & Rauque, C. (2005). An ectosymbiotic fatworm, Temnocephala chilensis , as second intermediate host for Echinoparyphium megacirrus (Digenea: Echinostomatidae) in Patagonia (Argentina). Journal of Parasitology , 91 , 229-31.Volonterio, O. (2007). A new species of Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalida) and a descrition of T. axenos from Uruguay. Journal of Natural History, 41 ,1245-1257.Volonterio, O. (2010). Two New Species of Temnocephala (Platyhelminthes, Temnocephalida) from the South American Snake-Necked Turtle Hydromedusa tectifera (Testudines, Chelidae). Zoological Science , 27 , 965–970.Received March 12, 2024.Accepted May 13, 2024.